Os melhores livros de distopias são descritos a partir de um conceito filosófico que acabou se tornando um gênero literário propriamente dito.
Ele se refere basicamente àquelas obras que dão uma visão do mundo que se opõe à utópica, ou seja, à visão idealizada da sociedade.
Nas distopias, os leitores encontram cenários pessimistas e situações, muitas vezes, extremamente assustadoras.
De “Admirável mundo novo”, de Aldous Huxley, ao aclamado “1984”, de George Orwell, há uma extensa lista de distopias mundiais.
Sendo assim, neste texto falaremos dos melhores livros de distopias da literatura, para que você aproveite o que há realmente de melhor no mundo literário.
Melhores Distopias da Literatura em 2024
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O que são os livros de distopia? O que os difere das utopias?
Primeiramente, vale a pena comentar brevemente o que significam os conceitos de distopia e utopia. Isso porque eles são praticamente opostos.
Enquanto as utopias tratam de uma sociedade harmônica e idealizada, as distopias representam a vida como ela acontece em uma sociedade completamente defeituosa.
É comum que a causa desses problemas sejam governos tirânicos, leis cruéis e perseguições às minorias.
Existem ainda as narrativas que acontecem em realidades paralelas, enquanto outras ocorrem na própria Terra.
Guerras, colapsos ambientais, algum tipo de mutação genética ou outros problemas que provoquem mudanças absurdas no planeta também podem ser o enfoque das distopias.
Com isso, as narrativas geralmente se tornam altamente envolventes e, mais do que isso, fazem com que o leitor entre em reflexões profundas.
Quais são as melhores distopias da literatura?
Esse tipo de leitura exige um pensamento mais crítico, de modo que o leitor possa olhar ao seu redor e enxergar o que é certo e o que é errado. Após ler um desses livros, você vai querer ler os demais.
Sendo assim, continue por aqui para descobrir quais são os melhores livros de distopia que existem hoje.
1. A Revolução dos Bichos (1945)
Melhor Livro de Distopia para Jovens
- Autor: George Orwell
- Editora: Troia; 1ª edição (18 janeiro 2021)
- Idioma: português
- Capa dura: 224 páginas
“A revolução dos bichos” é uma das obras mais famosas de George Orwell e, também, um dos melhores livros de distopia de todos os tempos.
Por meio de uma linguagem simples e uma história que agrada até mesmo aos mais jovens, o autor consegue despertar o pensamento crítico dos seus leitores.
Em meio ao cenário da Segunda Guerra Mundial, surge esta obra que narra a revolta dos animais em relação aos fazendeiros autoritários.
Assim, eles começam a implantar as próprias regras, e tudo parece ir bem até que, mais uma vez, o poder começa a falar mais alto, e alguns animais se sobressaem em relação a outros.
Quase que naturalmente, buscando criar uma sociedade utópica, os animais acabam cometendo os mesmos erros dos humanos, passando assim a repetir as suas atitudes de corrupção.
É desta maneira que os até então oprimidos passam a ser opressores. A narrativa vem como uma sátira em relação à ditadura de Stálin contra o nazifascismo.
2. Fahrenheit 451 (1953)
O que Aconteceria se Ler Fosse Proibido?
- Autor: Ray Bradbury
- Editora: Biblioteca Azul; 1ª edição (19 outubro 2020)
- Idioma: português
- Capa dura: 272 páginas
Se você gosta de ler, já deve ter imaginado que o seu mundo sem livros seria horrível, não é mesmo?
Ray Bradbury (1920 – 2012) fez essa reflexão e, assim, surgiu essa distopia de grande intensidade, que tem como pano de fundo os horrores da Segunda Guerra Mundial e o início da Guerra Fria.
Esses são períodos em que os governantes tinham a oportunidade de impor regras altamente autoritárias à população.
Em “Fahrenheit 451” o leitor irá se deparar com uma sociedade onde o simples ato de ler, ou mesmo ter livros, é condenado.
Ao mesmo tempo, a sociedade estava cercada por ambientes monitorados por câmeras e programas televisivos.
Diante das imposições, ao invés de os bombeiros ajudarem a apagar incêndios e salvar vidas, agora eles tinham como objetivo queimar livros e as casas das pessoas que os possuíssem.
Se você embarcar nessa leitura, vai perceber que de certa forma existe uma proximidade enorme com os tempos modernos, em que as pessoas cada vez mais se alienam com a mídia.
Se inicialmente a narrativa parece um pouco confusa, logo o leitor começa a entender o que está acontecendo ali e, até o final, tudo toma forma e os pensamentos começam a fluir.
3. Eu, Robô (1950)
A Melhor Distopia Sobre o Mundo da Robótica
- Autor: Isaac Asimov
- Editora: Editora Aleph; 1ª edição (24 novembro 2014)
- Idioma: português
- Capa comum: 320 páginas
“Eu, robô” é um livro clássico de ficção científica, mas que é considerado uma distopia porque trata da forma como os robôs poderiam evoluir ao longo do tempo.
Esta é a obra-prima de Isaac Asimov (1919 – 1992), na qual o autor apresenta as Três Leis da Robótica.
Teoricamente, essas deveriam auxiliar as pessoas a compreenderem melhor o mundo e o comportamento dos robôs.
Para isso, a obra retrata nove contos diferentes, que mostram como esses autômatos deveriam evoluir.
Deve-se perceber que os robôs podem contribuir com a humanidade, mas se eles forem usados pelas pessoas erradas, acabam provocando grandes danos, que podem ser até mesmo irreversíveis.
4. Admirável Mundo Novo (1931)
Uma Distopia Realmente Impressionante que Provoca Profundas Reflexões
- Autor: Aldous Huxley
- Editora: Biblioteca Azul; 1ª edição (1 janeiro 2014)
- Idioma: português
- Capa comum: 312 páginas
O livro de distopia de Huxley é um dos mais conhecidos e mais aclamados de todos os tempos, levando o leitor a um nível de reflexão profundo.
Nesta obra o autor propõe a existência de uma sociedade programada em laboratório, na qual já não acontece mais a concepção natural.
Dessa forma, as crianças agora dependem de uma definição laboratorial daquilo que elas devem se tornar.
Ou seja, a sociedade passa a ser completamente programada, e cada indivíduo possui um papel definido em um mundo onde a gravidez natural já não é mais uma realidade.
Da mesma forma, nessa sociedade os termos “pai” e “mãe” são totalmente desprezíveis e causam repulsa.
Apesar de essa situação parecer futurísta, é possível perceber várias críticas ocultas no livro. Inclusive, o livro inspirou artistas de diferentes tipos a expressarem essas ideias.
5. O Conto da Aia (1985) — Edição de Luxo
Uma Distopia que Mostra o Papel Social Feminino de Maneira Cruel
- Autora: Margaret Atwood
- Editora: Rocco; 1ª edição (29 abril 2022)
- Idioma: português
- Acessório: 832 páginas
Quando se fala nas melhores distopias, “O Conto da Aia” não pode ficar de fora, uma vez que esta é a maior obra-prima de Margaret Atwood.
De uma maneira genial e com uma escrita incrivelmente envolvente, a autora consegue demonstrar uma versão bastante cruel do que é o papel feminino dentro de uma sociedade.
Basicamente, nesta distopia o mundo está sob controle religioso, e agora a vida das mulheres é definida por quem está no poder. Muitas dessas mulheres são agora inférteis e vítimas de uma sociedade conservadora.
Nessa obra clássica, o mundo é controlado pela religião, que decide sobre a vida das mulheres em uma sociedade extremamente conservadora.
Este é o livro que inspirou a série de TV “The Handmaid’s Tale”. A leitura vale muito a pena, sobretudo para as mulheres que constantemente refletem como a sociedade as vê.
6. A Máquina do Tempo (1895)
Uma Distopia Futurística Assustadora
- Autor: H. G. Wells
- Editora: Darkside; 1ª edição (21 outubro 2021)
- Idioma: português
- Capa dura: 208 páginas
Você em algum momento já pensou na possibilidade de se tornar o alimento de uma raça selvagem no futuro?
É justamente esta a ideia contida em “A Máquina do Tempo”, uma obra clássica de ficção científica de H. G. Wells (1866 – 1946), que retrata um tempo bem distante, mas ao mesmo tempo terrivelmente assustador.
O protagonista desta obra é um “viajante do tempo”, que em uma das suas aventuras descobre uma raça conhecida como Elois.
Com eles a vida parece ser quase utópica, mas de repente ele descobre que existem os Murdocks, que vivem no subterrâneo e se alimentam justamente dos Elois.
7. Androides Sonham com Ovelhas Elétricas? (1968)
Distopia Conhecida Também como O Caçador de Androides
- Autor: Philip K. Dick
- Editora: Editora Aleph; 2ª edição (29 setembro 2017)
- Idioma: português
- Capa dura: 336 páginas
Este é um dos melhores livros de distopias que existem atualmente, sendo também um dos mais conhecidos, sobretudo por causa da adaptação cinematográfica conhecida como “Blade Runner: O Caçador de Androides”, de Ridley Scott.
Nessa narrativa de Philip K. Dick (1928 – 1982), o autor retrata um caçador de recompensas que vive em um cenário completamente futurista e distópico, no qual ele é perseguido por androides.
Há ainda um detalhe: os androides foram fabricados por uma empresa quando a Terra foi completamente devastada por conta de uma guerra nuclear.
Quando todos os sobreviventes estão morando em colônias espaciais, um caçador de recompensas deve acabar com qualquer criatura que ainda exista na Terra.
8. Nós (1924)
Uma Distopia que Originou Tantas Outras
- Autor: Evgueny Zamiatin
- Editora: Editora Aleph; 1ª edição (17 março 2017)
- Idioma: português
- Capa dura: 344 páginas
Talvez você não saiba disso, mas “Nós” é considerada uma das melhores distopias, visto que ela eu origem a tantas outras.
Isso mesmo, a ideia de criar um mundo distópico foi de Evgueny Zamiatin (também chamado de Yevgeny Zamyatin / 1884 – 1937).
Este foi o ponto de partida para que outros autores criassem obras distópicas geniais, como é o caso de “Admirável mundo novo” e “1984”, além de “Jogos vorazes” e “Divergente”.
Na verdade, não é tão difícil entender o porquê disso, pois em “Nós” se pode encontrar uma sociedade que está sob os domínios de um governo totalitário chamado Estado Único.
Por mais que existam tentativas de demonstrar que esse governo é benéfico, as pessoas são privadas da sua liberdade de expressão e das suas vontades.
Além disso, o governo tira o direito ao livre arbítrio dessas pessoas e chega a tolher até mesmo o direito à vida dessas pessoas.
O cenário visto aqui é completamente mecanizado e os indivíduos nem possuem nomes, sendo assim conhecidos apenas por numerações.
Nessa narrativa os leitores conhecem D-503, que parece satisfeito por ter a sua vida completamente controlada pelo Estado Único.
Mas então ele começa a fazer questionamentos a respeito de tudo o que acredita até então, assim que ele conhece a E-330, que mostra a ele que existem outras formas de se viver.
Este é realmente um livro que vale muito a pena, sobretudo porque ele serve de inspiração e reflexão sobre as demais distopias.
9. O Processo (1925)
Distopia Interessante Lançada Antes do Regime Nazista
- Autor: Franz Kafka
- Editora: Editora Antofágica; 1ª edição (19 abril 2022)
- Idioma: português
- Capa dura: 392 páginas
“O Processo” é uma obra não tão conhecida de Franz Kafka, que surgiu antes mesmo do regime nazista.
O leitor conhece a história de Josef K., que quando completa 30 anos, a última coisa que pensava em receber era um processo.
De uma forma ou de outra, esta obra se assemelha a uma profecia, visto que Josef K. foi acusado e preso por um crime, mas ninguém esclarece o porquê.
É nesse momento que ele se depara com uma série de inquéritos incompreensíveis, que o levam a situações terríveis em que ele tem que seguir ordens que não fazem nenhum sentido.
Diante dessa história, muitas pessoas afirmam que esta obra foi uma verdadeira profecia em relação às prisões sem nenhuma motivação real que aconteceram durante o regime nazista.
10. Jogos Vorazes — A Trilogia
Uma Distopia de Grande Sucesso Entre os Jovens
- Autora: Jogos Vorazes
- Editora: Rocco; 1ª edição (2 março 2012)
- Idioma: português
- Capa comum: 144 páginas
Jogos Vorazes é uma série de distopia que fez enorme sucesso, sobretudo quando ocorreu o lançamento dos quatro filmes, entre os anos de 2012 e 2015.
Esses livros foram responsáveis por definir as novas regras para este gênero, conhecido como as distopias Young Adult.
E nesta versão em box você já tem a história completa em apenas de uma só vez. Juntos, os três livros têm mais do que 1200 páginas, sendo uma grande fonte de entretenimento e reflexão.
Nesta história super interessante você pode conhecer melhor os Katniss Everdeen e Panem. Anualmente crianças pertencentes a doze distritos participam de um competição mortal nos Jogos Vorazes.
Além de esta ser uma narrativa extremamente interessante e envolvente, também traz críticas na medida certa.
Conclusão
Distopias são narrativas envolventes, que criam um cenário caótico, fazendo desta forma críticas profundas à humanidade e levando os leitores a refletirem muito sobre tudo isso.
Neste texto apresentamos os melhores livros desse gênero narrativo e buscamos diversificar ao máximo as vertentes e os autores descritos.
Dessa forma, você certamente encontrará em nossa lista de livros de distopia uma obra que te agrade.